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2 de agosto de 2011

Escolhas, medo e um pedido

Minha mente está confusa.
A cada segundo que se passa, a mesma pergunta continua presa em meus pensamentos: Eu fiz a escolha certa?
Eu queria poder ter a resposta agora, mas eu sei que ela só vai vir com o tempo. Embora eu tenha medo que esse tempo seja muito longo ou que ele me diga o que eu mais temo: Não, você não fez a escolha certa. Fez a errada.
Mas, independente das minhas escolhas, eu não sei se eu estaria muito diferente de como estou agora. Eu tentei achar o que se parecia melhor para mim entre as opções. Se eu fiz a escolha mais radical? Sim. Se eu deveria ter enfrentado de frente e sofrido as consequências? Talvez. Se eu queria ter fugido ou achado um meio fácil e rápido de acabar com tudo isso? Sim. Sim. Sim. Mas e o medo?
Ah, o medo.
Nós deveríamos enfrentá-lo, mas nem sempre parece a opção correta a se tomar. É claro que eu não quero me tornar uma medrosa, temendo a tudo e a todos, mas saber conviver e aceitar aquilo que eu realmente não consigo e tentar achar uma outra saída.
Mas... Eu só sinto medo.
Medo de não ser aceita. Medo de perder as pessoas. Medo de fazê-las sofrerem. Medo de sofrer mais. Medo de ficar sozinha. Medo de ter feito a escolha errada.
Eu estou assustada. Ah como eu queria ser uma criancinha com nada a mais que um arranhão no braço e correr para os braços da minha mãe, com ela me acalmando e repetindo que vai dar tudo bem.
Mas se eu digo que estou assutada e quero chorar, eu não recebo nenhuma resposta assim.
Eu não quero que me digam que eu sou forte e não sou a idiota que eu alego ser, eu quero alguém que me abrace, fique junto comigo, lutando comigo e sim, me dizendo que vai dar tudo bem. Por mais fraco que isso possa parecer, até que é um ato corajoso.
Eu estou pedindo ajuda, e quantos não sofrem sozinhos?
Porém, esse SOCORRO escrito em minha testa não vai se curar de uma hora para outra. Posso pagar quantos médicos eu quiser, mas se eu continuar assim, sozinha, não vejo até quando eu vou aguentar. E por mais que eu tente, não consigo sair da estaca zero.
O que eu mais queria agora era poder correr para o braço das minhas amigas, sem pensar em mais, sem ter preocupações da escola ou de casa. E chorar. Chorar muito. Mais do que eu já choro todos os dias. Até que tudo, enfim, se resolva.
Infelizmente, nem tudo é assim tão fácil.
Alguém me salve.
Maddie.

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